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sua prática / relatos de prática

A produção textual do relato de prática - 5º passo

Margarete Schlatter e Pedro Garcez

04 de agosto de 2023

Formando-se no coletivo e formando o coletivo

1. Leitura interessada e solidária

1. Leitura interessada e solidária

Chegou o momento de trocar a sua produção final com um/a colega. Nessa troca, vocês estarão na posição de um colega-interlocutor interessado, experiente e solidário, que poderão sugerir aprimoramentos no texto do colega tendo em vista interlocutores-colegas-professores como vocês próprios e outros que poderão aprender sobre práticas profissionais a partir das experiências relatadas e das reflexões propostas.

Na leitura dessa versão do texto, o leitor pode querer opinar e propor alguns focos para a reescrita a partir de aspectos que chamam a sua atenção e sobre os quais gostaria de ler mais. Pode também se posicionar em relação a alguns aspectos que considera pouco desenvolvidos ou então desnecessários para o desenvolvimento da reflexão proposta, sobretudo tendo em vista outras possíveis interlocutoras menos próximas ou solidárias.

Vamos conferir algumas características de bilhetes que você poderá escrever para seu colega.

Você pode dialogar com o colega escrevendo um bilhete que:

  • elogie ou destaque os pontos fortes do texto, pois são eles que nos tocam como leitores;

  • parta dos pontos fortes para pedir mais, fazendo perguntas que favoreçam o entendimento do ponto de vista do autor ou que solicitem detalhamento onde o texto puder ser mais informativo ou eloquente;

  • indique que o texto do colega nos remete a outros escritos semelhantes que podem servir como referência para possíveis aprimoramentos. (Adaptado de Simões e Farias, 2013, p. 32)

Pé na estrada

Clique aqui e leia novamente a primeira versão do relato de prática Clássicos: uma ponte entre o passado e o presente, de Michele Mendes Rocha de Oliveira, e os comentários feitos.

  • De que modo os comentários buscam ajudar a autora a aprimorar o texto? O que solicitam?

  • Você acrescentaria outro(s) comentário(s)? Mudaria o modo de redigi-los?

2. Dicas e ideias

2. Dicas e ideias

Para que nossos interlocutores imediatos comuniquem suas reações à nossa produção de modo a contribuir conosco na lapidação da joia que é o nosso relato de prática, é preciso ter plena confiança mútua de que a tarefa conjunta visa afinal oferecer a outros interlocutores (que talvez jamais venhamos a conhecer pessoalmente) o melhor relato de prática que possamos produzir em forma de texto escrito.

As arestas que talvez restem precisam ser apontadas com delicadeza, e as intervenções devem ser pontuais e cirúrgicas. Valem manifestações dos efeitos sentidos por esta leitora solidária, para reforçar a confiança do professor-autor-formador, ou alertar para alguma indeterminação que talvez se queira ainda evitar. Valem sugestões de ênfase ou últimas possibilidades de reconsideração para concisão. Valem dicas para retoques na formatação ou nos recursos expressivos.

Pé na estrada

Leia atenta e solidariamente a produção final do colega ou da colega e redija comentários em bilhetes orientadores com vistas aos últimos ajustes de endereçamento à interlocução projetada e de aperfeiçoamento das qualidades discursivas que vocês vieram examinando até aqui.

3. No vai e vem das trocas, o autor e a autora são soberanos

3. No vai e vem das trocas, o autor e a autora são soberanos

A interlocução com o outro possibilita rever a narrativa do vivido e, pelo olhar do outro, distanciar-se para decidir o que priorizar neste momento e o que guardar para outros relatos.

Você deve ter observado que, na redação da segunda produção, Michele acatou algumas ideias, mas não outras. As sugestões de colegas leitores serão consideradas e avaliadas por você autor(a) e, com base no que você decidiu contar e refletir, você saberá avaliar as ideias que poderão ser relevantes para aprimorar o seu texto tendo em vista os colegas interlocutores.

Depois de ler os bilhetes orientadores que o/a colega escreveu sobre a sua produção final, é hora de conversar um instante com ele ou ela para esclarecer algum ponto de dúvida, dizer como você decidiu proceder ou simplesmente agradecer a generosa atenção.

4. De professor(a)-autor(a) para professor(a)-autor(a)-formador(a)

4. De professor(a)-autor(a) para professor(a)-autor(a)-formador(a)

Texto de verdade é o que ganha mundo ao seguir por aí, encontrando a sua interlocução projetada.

É chegada a hora de tomar as últimas decisões de ajuste à luz das recomendações do/a colega interlocutor/a solidário/a para finalizar a produção finalíssima e compartilhar a versão final do relato de prática. Há algumas maneiras de fazer esse compartilhamento, você pode organizar, com colegas, uma revista impressa ou virtual da escola, ou mesmo um mural físico na sala de professores/as para compartilhar os relatos (e então caberá revisão para reajustes no texto com vistas ao endereçamento de público leitor mais próximo, já familiarizado com o cenário da narração). Outra possibilidade seria acionar a Secretaria de Educação para organizar ou revitalizar um espaço no portal dedicado à publicação de relatos de prática docente. Deixamos abaixo indicações de algumas publicações nas quais você pode se inspirar.

Sugestões de revistas que publicam relatos de prática
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