Uma festa para os livros e para a leitura
livros, literatura, feiras literárias, formação leitora
Diga-me com quem conversas e eu te direi como contar
Você deve se lembrar de várias situações em que, ao ouvir ou ler uma história, sentiu que “isso foi dito/escrito pra mim!” ou “isso não me diz muita coisa; com quem essa pessoa está falando? Isso foi escrito para outras pessoas!”
Quando nos dirigimos a alguém que conhecemos, a experiência prévia compartilhada com essa pessoa nos dá pistas sobre o que podemos dizer e como melhor dizer para alcançar determinado objetivo. Em outras palavras, vamos ajustando o jeito de contar, projetando determinados efeitos de sentido do que dizemos tendo em vista aquela pessoa específica. Às vezes não acertamos de primeira, e avaliamos nossos próprios objetivos mediante o que vai se configurando como o que foi possível naquele momento, calibramos e depois “redizemos”.
Pense nos dois áudios que gravou e também no primeiro texto que escreveu e responda às seguintes questões:
Que tal conhecer mais alguns relatos de prática e pensar sobre a configuração de leitores(as) a quem as professoras-autoras querem endereçar o texto, a sua interlocução projetada. Escolha o(s) relato(s) a que você quer assistir ou ler. Logo abaixo dos relatos, há uma sugestão de questões para que você reflita sobre elas enquanto assiste ou lê os relatos de prática. Se quiser, vá fazendo anotações para discutir com os/as colegas sobre o que achou mais interessante no(s) relato(s) e o que mais você gostaria de saber sobre ele(s).
Relatos de prática
Converse com colegas o que você observou em relação à configuração da interlocução no(s) relato(s) que você leu ou assistiu. Para esse diálogo, considere as questões abaixo:
Talvez você tenha sentido que algum dos relatos que acaba de ler e discutir se endereçou a você mais diretamente do que outros. Isso pode ter sido por maior ou menor proximidade com as condições de trabalho, o tipo de turma etc... No entanto, é possível que algum deles tenha te tocado de perto, mesmo que as realidades sejam muito distintas. Por exemplo, por conta do questionamento em foco no relato que, tratando de um caso concreto, evoca questões de relevância mais ampla para a reflexão sobre a prática educacional.
Podemos imaginar diferentes interlocutores e interlocutoras para o nosso texto. Essa interlocução pode ser representada, por exemplo:
Pé na estrada
Retome a versão mais recente do seu relato de prática e imagine que você está se endereçando a cada um dos exemplos de interlocução descritos acima, um por vez. O que haveria para retirar, acrescentar ou ajustar na linguagem utilizada conforme cada interlocução projetada?
Em seguida, considere o terceiro perfil de interlocução projetada (um professor ou uma professora de Língua Portuguesa em uma escola pública em outra região do País), revise a redação do seu relato de prática uma vez mais, fazendo ajustes no texto de modo a endereçar aquele colega professor ou professora de Língua Portuguesa que, como você, faz a diferença. Queira dar a ele ou ela todos os elementos que você acredita serem necessários para que o/a colega desfrute plenamente do seu esforço de reflexão pessoal sobre a sua prática situada – a experiência única que você tem no lugar onde ensina e aprende – com vistas a subsidiar o nosso desenvolvimento profissional coletivo.
Uma festa para os livros e para a leitura
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Letramentos e as práticas de linguagem contemporâneas na escola
práticas de linguagem contemporâneas, multissemiose, letramentos, multimodalidade, BNCC, ensino e aprendizagem de língua portuguesa
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