Uma festa para os livros e para a leitura
formação leitora, literatura, feiras literárias, livros
Olá, professor e professora!
Meu nome é Olímpia e também sou educadora. Neste espaço, quero conversar com você sobre as práticas de ensino da leitura e da escrita. A cada mês, eu enfoco um novo tema em minhas colunas.
A proposta é que essa prosa virtual aconteça a partir das suas dúvidas, que podem ser deixadas no espaço reservado para comentários de cada texto. Lembre-se de incluir seu nome, cidade e UF, bem como seu contexto de trabalho, o ano escolar da sua turma, a dificuldade apresentada e, por fim, sua dúvida. Assim, terei mais elementos para sugerir possibilidades de trabalho.
A sua questão pode ser a minha, que já se torna nossa e de tantos outros(as) internautas conectados(as). É dessa forma que a construção do conhecimento em rede se estabelece!
Confira, abaixo, as colunas já escritas e aproveite para deixar sua dúvida! Ela pode ser o tema de minha próxima coluna!
Um abraço carinhoso, muito obrigada e até já,
Olímpia
A professora Olímpia rememora sua trajetória de uma década dialogando com educadoras(es), além de anunciar uma importante mudança na coluna e revelar quem é a pessoa por trás dessa querida personagem.
O Programa Escrevendo o Futuro é feito com vocês, que nos ajudam a enxergar mais longe, a chegar a cada sala de aula e, em função disso, a refletir sobre conteúdos que promovam o encontro de necessidades reais com percursos, estratégias, recursos e possibilidades diversas de favorecer a construção de conhecimentos por parte de estudantes de todo o país.
Pensando assim, nasceu, há 10 anos, a seção “Pergunte à Olímpia” e, com a intensa colaboração de vocês, trilhamos um caminho recheado de boas surpresas, partilhas, debates, interrogações e revelações.
Ao celebrar 10 anos de vida da Olímpia, rememoramos toda a sua trajetória no Programa Escrevendo o Futuro!
Por aqui, passaram centenas de textos, sempre inspirados pelas inquietações de vocês no trabalho com a língua portuguesa. Conversamos sobre os mais diversos gêneros discursivos, sobre como articular eixos de ensino em torno das reflexões sobre os textos, como favorecer o encontro de estudantes com a leitura e a literatura, como trabalhar com o aprimoramento textual, como incentivar a produção de textos multimodais, como promover atividades voltadas à alfabetização tardia, de que forma trabalhar com sequências didáticas e com projetos, como desenvolver as propostas vinculadas aos Cadernos Docentes, o que fazer com estudantes que não querem ler e escrever, como trabalhar a autoria na produção textual, como realizar o diagnóstico inicial de cada estudante (e o que fazer depois disso!), como “traduzir” a BNCC na sala de aula, de que forma favorecer a aprendizagem na pandemia, como trabalhar – após a pandemia – com a recomposição das aprendizagens... Enfim, impossível elencar todos os assuntos, mas esses, sem dúvida, já retratam a diversidade temática das produções da Olímpia, não é mesmo?
Relembre alguns temas que renderam uma boa prosa com a Olímpia:
• Leitura e interpretação: como promover esse encontro
• Pelo ensino da oralidade na escola
• Produção de textos: onde está o autor?
• Inquietações docentes sobre avaliação diagnóstica e ensino
• “Aquecendo os motores”: a articulação entre leitura e escrita
Revisitando esses e outros textos, entendo que construímos uma trajetória de escuta e de troca de experiências, as quais revelaram dificuldades e descobertas vividas no cotidiano de tantas escolas espalhadas pelo Brasil. Caminhamos lado a lado e aprendemos muito juntas(os)!
Por aqui, passaram milhares de coordenadoras(es) pedagógicas(os), diretoras(es), professoras(es) e até estudantes que escolheram a Olímpia para compartilhar dúvidas, deixar comentários a partir de diferentes escritos (próprios e alheios), apreciar a boa prosa que, de tempos em tempos, alimentou e inspirou, de alguma forma, a prática educativa.
Olhando pra trás, percebo o quanto vocês me ensinaram!
Graças ao passar do tempo e da pronta e generosa receptividade de vocês, aprendi a ser a Olímpia! Sim, pois confesso não ter sido tarefa fácil... Ser a professora que acolhe cada indagação com serenidade, que imagina conversas com cada professora(or) que recorreu à seção para falar sobre suas dores, suas angústias e suas fragilidades no fazer pedagógico, para oferecer dicas, sugestões e, sobretudo, para ajudar a seguir, sem desistir jamais da aposta na aprendizagem de todas(os) as(os) estudantes, sem deixar ninguém pra trás – sempre esteve longe de ser uma tarefa simples!
Quando todo o processo começou e a Olímpia recebeu a primeira pergunta, recordo com clareza do meu pensamento: “Será que darei conta dessa tão importante tarefa?”, “Não poderia ser um tantinho menos complicada?”. Afinal, logo na estreia, a mensagem do professor Gildasio retratava a realidade de estudantes da zona rural, com pais não alfabetizados, inseridos em uma escola com poucos recursos, que revelavam, na voz do professor, breves e inconsistentes experiências com a leitura.
Hoje, relendo o texto “Como trabalhar os gêneros com poucos recursos (e poucos textos)”, ainda me pergunto se consegui mesmo auxiliar, de algum modo, a prática do professor Gildasio... Aliás, vivi essa inquietação por um bom tempo, até que minha presença em cursos virtuais e, especialmente, em encontros presenciais de formação de professoras(es), além de escritos deixados por educadoras(es)no final de cada texto da Olímpia, começaram a “aquietar meu coração”.
Não raros eram os comentários sobre a Olímpia: “Nossa, adorei a dica que ela deu sobre a reescrita de textos!”; “Levei pra sala de aula a atividade que ela sugeriu pra trabalhar com poema e deu super certo!”; “Adorei as indicações de leitura sobre o trabalho com a ortografia!”, entre tantos outros, que me mostraram que meu maior objetivo estava sendo alcançado!
Foram tantos escritos, tantas perguntas... Ao longo de todo o percurso, não houve um texto sequer que não tenha trazido alguma inquietação pra mim...
Também foram inúmeras as tentativas de chegar cada vez mais perto das demandas e das necessidades de cada uma(um) de vocês: enquetes, formulários, textos encerrados com provocações para debates, murais, vídeos, convites para a continuidade da prosa via lives, textos escritos, vídeos de especialistas... Nem sei quantas e quantos educadoras(es) ajudaram a Olímpia a produzir cada resposta!
Igualmente, seria impossível pensar em quantos momentos senti vontade de estar realmente ao lado de vocês, tomando um café, conversando sem pressa, na tentativa de favorecer um acolhimento para além das palavras escritas.
Sem dúvida, um período foi bem marcante: durante a pandemia, quando abrimos espaço para uma ampla escuta sobre o que vocês estavam vivendo e sobre o que mais precisavam da nossa ajuda. Foi muito difícil para nós, não é mesmo? Vivemos juntas(os) e pensamos coletivamente em formas de otimizar a aprendizagem de nossas crianças, nossas(os) adolescentes e jovens. Juntas(os), trocamos ideias, compartilhamos sofrimentos, enfrentamos desafios e seguimos!
Após 10 anos, tenho muito a agradecer a cada uma(um) de vocês pela confiança, parceria, colaboração, escuta, coragem, perseverança e, sobretudo, resiliência. Foi um privilégio ser a professora Olímpia e caminhar, aprendendo sempre, com vocês!
Agora, para descontrair um tantinho, uma revelação diretamente para as mentes mais curiosas: se eu tivesse de responder qual a pergunta mais recebida, diria sem hesitar que foi: “Afinal, quem é a professora Olímpia?”
Finalmente, hoje posso contar esse segredo: por trás de cada palavra da professora Olímpia, do primeiro ao último texto (escrito hoje), estava eu, a Pati Calheta, formadora de professoras(es) e colaboradora do Escrevendo o Futuro desde 2010!
Esse anúncio, para além de responder a essa tão recorrente questão, também favorece a apresentação de uma novidade, preparada com carinho por toda a equipe do Portal: eu e as professoras Gina Vieira e Mayssara Reany Oliveira iniciaremos um novo espaço de interlocução, a “Sala de professoras”.
Assim, a seção “Pergunte à Olímpia” agora ganhará nova roupagem e mais vozes, de modo a promover outras tantas reflexões e discussões, apontando caminhos para o enfrentamento de desafios da prática pedagógica.
Será um espaço aberto à interlocução e participação de professoras(es) sobre os mais variados assuntos atrelados ao ensino e à aprendizagem da língua portuguesa, considerando a diversidade de cenários, de realidades e de necessidades de quem, do “chão da sala de aula”, vive inquietações para favorecer a aprendizagem de todas(os) as(os) estudantes de cada turma, em cada escola.
Cada uma de nós irá se revezar na produção de um texto – com direito a variados passeios multimodais! – para dialogar com vocês a partir de uma inquietação vivida na relação de professoras(es) com suas(seus) estudantes.
Pra terminar, recebam da Olímpia um abraço carinhoso de despedida e um especial agradecimento a todas(os) que estiveram com ela ao longo desses dez anos de publicações, com o desejo de que a “Sala de professoras” traga novas perspectivas e experiências, novos olhares e novas contribuições ao fazer docente.
Espero por vocês na Sala de professoras!
Com carinho,
Olímpia (Pati Calheta)
Patrícia Calheta é mestre em Linguística Aplicada pela PUC-SP, e especialista em Ensino de Língua mediado por computador pela UFMG e em Gestão Escolar pelo SENAC-SP. É também formadora de professoras e gestoras, em redes públicas e privadas e coordenadora pedagógica da Redelê. No Programa Escrevendo o Futuro, atua como colaboradora e formadora desde 2010, desenvolvendo diversas ações, tais como: a coordenação pedagógica de mediadoras do curso "Sequência Didática: aprendendo por meio de resenhas" (de 2012 a 2022) e a elaboração de textos para publicação no Portal, assinando como Olímpia, em "Pergunte à Olímpia" (de 2013 a 2023).
Uma festa para os livros e para a leitura
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BNCC, ensino e aprendizagem de língua portuguesa, práticas de linguagem contemporâneas, multissemiose, multimodalidade, letramentos
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