Uma festa para os livros e para a leitura
formação leitora, livros, literatura, feiras literárias
Olá, professor e professora!
Meu nome é Olímpia e também sou educadora. Neste espaço, quero conversar com você sobre as práticas de ensino da leitura e da escrita. A cada mês, eu enfoco um novo tema em minhas colunas.
A proposta é que essa prosa virtual aconteça a partir das suas dúvidas, que podem ser deixadas no espaço reservado para comentários de cada texto. Lembre-se de incluir seu nome, cidade e UF, bem como seu contexto de trabalho, o ano escolar da sua turma, a dificuldade apresentada e, por fim, sua dúvida. Assim, terei mais elementos para sugerir possibilidades de trabalho.
A sua questão pode ser a minha, que já se torna nossa e de tantos outros(as) internautas conectados(as). É dessa forma que a construção do conhecimento em rede se estabelece!
Confira, abaixo, as colunas já escritas e aproveite para deixar sua dúvida! Ela pode ser o tema de minha próxima coluna!
Um abraço carinhoso, muito obrigada e até já,
Olímpia
Olímpia retoma o tema da live “Avaliação diagnóstica da produção escrita no EF II” e responde às dúvidas que não foram comentadas durante a transmissão ao vivo, como atrasos na capacidade de leitura e escrita.
No dia 26 de maio, realizamos a live ”Avaliação diagnóstica da produção escrita no Ensino Fundamental II“, no intuito de conversarmos com educadores(as) não apenas sobre a avaliação diagnóstica, mas também sobre uma iniciativa mais abrangente, a recomposição das aprendizagens, pensando em como promover avanços no processo de construção de conhecimentos por parte de todos(as) os(as) estudantes.
A fim de tornar o momento mais didático e elucidativo, o nosso convidado, o Prof. Dr. Clecio Bunzen (UFPE), analisou uma crônica, produzida por um estudante no início das vivências de uma sequência didática para o ensino do gênero, ressaltando aspectos do texto que indicam as fortalezas e fragilidades nas aprendizagens do aluno.
Em linhas gerais – vale muito a pena conferir a live na íntegra! – eis os questionamentos trazidos por professoras na última publicação “O diagnóstico como estratégia de recomposição das aprendizagens”, e que foram abordados no evento: Quando realizar a avaliação diagnóstica; apenas no início do ano? O que fazer a partir de um diagnóstico? Quais as dicas práticas para professores(as) iniciantes?
Como apontamentos e sugestões de encaminhamento, vale ressaltar que:
Na tentativa de acolher outras inquietações que chegaram pelo YouTube, no decorrer da transmissão, organizamos um conjunto de perguntas trazidas por educadoras e educadores, e as respectivas respostas. Algumas dessas inquietações podem ser suas também. Confira (clique em cada questão para ver a resposta):
Pergunta 1: Com o retorno das aulas presenciais do Fundamental II, percebemos o grande prejuízo de nossos alunos, principalmente no que se refere à leitura, produção textual e ortografia. E agora? Como planejar? (profa.Andrea Maria De Lisboa Rodrigues)
Professora Andrea, de fato, nossos(as) estudantes sentiram muito a ausência da sala de aula presencial e as relações de troca e aprendizado firmados na escola, com professores(as) e colegas. Como o acesso a recursos virtuais foi bastante heterogêneo, no período de fechamento das escolas, temos de apostar em conhecer de perto os saberes de cada um(a) e, como você salientou, planejar a prática pedagógica com precisão e qualidade.
Como ressaltado na live, a avaliação diagnóstica é a “porta de entrada” para esse planejamento, já que revelará quais habilidades de leitura, de produção textual e de ortografia (anunciadas em sua pergunta) demandam nossa maior atenção.
A partir dos achados, o planejamento seguirá para a análise de cada habilidade, tendo o Mapa de Foco como aliado, já que promoverá a condição de eleger habilidades prioritárias na relação com complementares e expectativas de fluência.
Essa organização garantirá que sua escolha de atividades, sequências didáticas e projetos seja mais aderente às necessidades da turma e potencialize a construção de conhecimentos. Se precisar de inspiração, consulte nossos Cadernos Docentes e encontre oficinas de produção textual dos gêneros poema, crônica, memórias literárias, artigo de opinião e documentário!
Pergunta 2: O que fazer quando muitos chegam no sexto ano sem saber ler e escrever? (profa. Margareth Mataruna)
Professora Margareth, infelizmente, esse cenário tem se apresentado de forma constante em nosso país, o que exige uma postura assertiva e bastante reflexiva, não é mesmo?
Ao analisar as habilidades da BNCC anunciadas nos Mapas de Foco, no exercício de enxergar o que é conhecimento prévio vinculado a habilidades focais, verificamos que muitas retratam aprendizagens voltadas às práticas de leitura e de escrita, contemplando as relações entre multiletramentos e a construção inicial de conhecimentos sobre a linguagem escrita e a leitura.
Nesse sentido, cabe investigar as maiores necessidades de aprendizagem e propor reflexões que promovam novas aprendizagens em sala de aula. Somado a isso, iniciativas como acolhimento de estudantes no contraturno e horário estendido têm favorecido avanços. Uma dica: confira a matéria "Recomposição das aprendizagens no Brasil e no mundo”, publicada no Portal Cenpec.
Pergunta 3: O que fazer com esses estudantes que escrevem textos com fragilidades profundas em quaisquer gêneros, inclusive, do 9º ano? (prof. Israel José de Lima Júnior)
Um primeiro passo, prof. Israel, é identificar as dificuldades, já que sem esse diagnóstico, tudo pode ficar vago, superficial e com poucos impactos na aprendizagem.
Após essa investigação, vale analisar os gêneros previstos no 9º ano pela BNCC, relacionando-os com o currículo local, a fim de destacar habilidades vinculadas a conhecimentos prévios. Esse olhar para além do 9º ano, tomando os gêneros discursivos previstos como referência, poderá guiá-lo no desenvolvimento de atividades bem ajustadas às necessidades de cada turma.
Assim, focando na ideia de aceleração da aprendizagem, será possível apostar na diversidade de propostas aliadas à leitura, produção escrita, análise linguística e oralidade, dando voz e vez a diferentes perfis de conhecimento. Uma dica: como inspiração para essa investigação diagnóstica e recursos variados, consulte a Plataforma de Apoio à Aprendizagem, do Instituto Reúna.
Pra terminar, que tal aproveitar o espaço abaixo para o registro de outras inquietações e dúvidas? Afinal, nosso intuito maior é caminharmos ao lado de vocês, de olho nas aprendizagens! Não se esqueça de indicar seu nome, cidade, estado e os segmentos de atuação em seu comentário no mural.
Abraço carinhoso, obrigada e até já,
Olímpia
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Letramentos e as práticas de linguagem contemporâneas na escola
multimodalidade, multissemiose, BNCC, ensino e aprendizagem de língua portuguesa, práticas de linguagem contemporâneas, letramentos