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A proposta desta etapa é mergulhar em diversas crônicas, analisando a abordagem de temas, personagens e estilos narrativos. Busque transformar essa experiência em um momento único para sua turma.
1. Divida a classe em pequenos grupos e proponha a leitura de algumas das crônicas sugeridas e disponíveis na coletânea.
2. A proposta é que cada grupo leia a crônica, comente oralmente e, em seguida faça anotações, seguindo os tópicos:
Autoria | MACHADO DE ASSIS | MILTON HATOUM | LILIA GUERRA | BEATRIZ PEREIRA RODRIGUES | DANIEL MUNDURUKU | VANESSA BARBARA | LIMA BARRETO |
Ano de publicação | 1883 | 2015 | 2022 | 2019 | 2004 | 2020 | 1915 |
Tema ou assunto | Comportamento nos transportes públicos | Vida na rua | Olhar crítico para a periferia | Solidão | Percepções sobre a cidade | Pandemia e isolamento social | Violência contra a mulher |
Personagem | Passageiros | Carroceiro | Narradora e moradores do bairro | Narradora, senhor | Narrador | Narradora e sua família | Homens agressores e mulheres vítimas de violência |
Tom | Irônico | Lírico / Poético | Crítico | Lírico / Poético | Lírico / Poético | Lírico / Poético | Crítico |
1. Aproveite para dialogar sobre as crônicas apresentadas coletivamente. Ainda que nem toda(os) tenham lido os textos apresentados, busque dialogar com a turma a partir das temáticas. Por exemplo: o texto de Lima Barreto, “Não as matem!”, tem como tema central o feminicídio, assunto muito pertinente na contemporaneidade, ainda que a crônica tenha sido publicada em 1915. Considerando a relevância dessa causa, leve alguns dados para reforçar a pertinência do debate: segundo o Datafolha, 35 mulheres foram agredidas física ou verbalmente por minuto no Brasil em 2022. Nesse sentido, qual a importância do posicionamento de Lima Barreto já no século XX?
3. Por fim, solicite que, para a próxima aula, cada estudante traga uma crônica que lhe tenha chamado atenção. Você pode organizar uma ida à sala de informática ou biblioteca para colaborar com a pesquisa. Alguns sites que você pode indicar:
Biblioteca Digital de Literatura de Países Lusófonos
Para melhor compreender um texto, é preciso saber em que situação de comunicação ele foi produzido: “De quem é o autor? Qual é o público alvo? Em que veículo a crônica foi publicada (jornal, revista, internet, livro)?
Crie um espaço de leitura convidativo. Que tal deixar sempre disponíveis jornais, revistas e livros de crônicas? Você sabia que muitos livros do Programa Nacional de Biblioteca na Escola (PNBE) trazem crônicas?
Outra coisa: murais e varais precisam estar sempre atualizados, com indicações de leitura, resenhas de livros, apreciações das crônicas lidas ao longo do trabalho, fotos pitorescas. Sugira que estudantes se voluntariem para se responsabilizar por essa organização!
Para que a turma perceba que a crônica pode divertir, sensibilizar, humanizar e permitir uma convivência íntima com a palavra, é importante que exercitem a leitura.
Uma sugestão é combinar que, no início de cada aula, uma pessoa apresentará uma/um cronista, trazendo fotos, uma pequena biografia e um trecho de crônica, que pode ser colocada no mural / varal.