Público-alvo:
9º ano do Ensino Fundamental. Pode ser adaptada também para o Ensino Médio.
Nos últimos anos percebemos que os noticiários foram tomados por episódios devastadores de violência escolar. Nós, atuantes na educação, nos vimos num misto de angústia, impotência e despreparo para lidar com situações que até então pareciam distantes da realidade brasileira. Sabemos bem que para resolver questões estruturais como a violência são necessárias ações coletivas e organizadas de longo prazo, mas não é possível que o tema passe despercebido nas salas de aula. Assim, a partir da literatura, propomos aqui um trabalho de sensibilização. Nosso objetivo não é encerrar o debate, ou resolver a violência escolar, até porque não é tão simples. Mas instigar um olhar cuidadoso para o tema, tendo a literatura afrofuturista de Octavia Butler como um disparador.
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Octavia E. Butler, em uma imagem da década de 19801
O desejo de criar universos faz parte do espírito que permeia o afrofuturismo2,tendência que tem ganhado cada vez mais força e que foi fortemente influenciada pela literatura de Butler. Podemos observar esse movimento no conto "Sons da Fala" (2019)3. Neste conto, que é um dos que a autora chamou de “contos de verdade”, Rye (personagem principal) após uma pandemia misteriosa, perde seu marido e filhos, bem como sua capacidade de ler e escrever, e a liberdade de falar. Nessa pandemia, um provável vírus afeta irreversivelmente a aptidão de comunicar-se através da fala e/ou da escrita e, aqueles que conseguiram conservar mesmo que um resquício dessas habilidades, correm um risco ainda maior que os demais, isso porque ao menor sinal de sociabilidade, aqueles que a perderam por completo são dominados por um sentimento incontrolável de ódio e inveja que os leva a um enfrentamento violento cujo resultado é quase sempre fatal. Sendo assim, para Rye restou o silêncio, mesmo quando ela ainda pode falar.
O conto inicia com Rye em meio a uma confusão generalizada em um ônibus e, para se salvar, ela aceita a carona de um desconhecido e viajam juntos em busca da sobrevivência. A descrição aponta para um mundo que parece uma paródia distópica do nosso, em que uma simples viagem para obter suprimentos torna-se uma jornada perigosa.
Outro ponto importante é que só a Rye e duas outras personagens que aparecem no final são nomeadas (ela imagina um nome para o homem que encontra). Nessa realidade criada pela Octavia Butler, a humanidade está desprovida daquilo que a torna única: sua individualidade. Nenhuma instituição funciona e o que impera é a luta pela sobrevivência.
A ausência da linguagem verbal é central para compreender a (des)organização da narrativa e pode mover potentes reflexões em sala de aula. A dificuldade da comunicação enquanto impulsionador da violência, embora em um universo distópico, pode se aproximar, em diferentes aspectos, das angústias presentes no cotidiano escolar. Sobretudo no pós-pandemia, sentimos que o comportamento explosivo, violento, está insistentemente presente na escola. Seja pelo contexto social brasileiro que afeta diretamente nossas(os) estudantes, pelo período de isolamento que mexeu com a socialização, ou pelo afastamento do dia-a-dia escolar, percebemos que crianças e jovens têm sofrido psicologicamente, e a forma de externalizar suas dores se dá raramente pela fala. Esta é uma reflexão complexa, cheia de variáveis e sem soluções imediatas. Assim, um dos caminhos para a abertura de diálogos possíveis pode ser o de promover paralelos entre o mundo distópico de Butler e a realidade pós-pandemia brasileira, possibilitando o olhar para si e para o outro a partir da ficção.
O universo proposto por Octavia Butler tem forte potencial de atrair o interesse dos estudantes: o universo distópico, a trama misteriosa e a narrativa instigante. Por isso, criamos uma sequência didática cujo objetivo é instigar a reflexão sobre o poder da comunicação, violência e sonho, a partir do conto de Octavia e de conceitos como distopia e afrofuturismo. Assim, visamos incentivar a leitura, a alteridade, o olhar para a subjetividade e a interação entre estudantes e docentes.
Por uma mediação de temas sensíveis…
A literatura nos oferece a oportunidade de conhecer o real por intermédio do imaginário e pode, portanto, se constituir como um espaço seguro para explorar temas difíceis na escola.
Para realizar a mediação de obras que abordam questões sensíveis com sua turma é importante:
Pensar quem é o público dessa leitura, buscar uma boa apropriação do livro – ou do texto – e das temáticas que ele aborda, além de propor questões que permitam a reflexão, e não apenas uma exploração objetiva da narrativa (quem são os personagens principais, onde a história se passa, etc), fazem parte de um bom planejamento. No caso de as conversas entabuladas com as alunas e alunos tomarem um rumo inesperado ou causarem algum tipo de desconforto (em você, professora(or), ou em alguém de sua turma), retome o diálogo estabelecendo comparações com os elementos presentes na narrativa, ou seja, recorrendo ao universo literário compartilhando no texto que está sendo lido ou discutido.
Não se trata apenas de buscar um espaço físico que permita as(os) estudantes construírem uma relação mais dialógica com a leitura, como por exemplo um pátio aberto ou uma sala onde seja possível sentar em roda, mas também promover uma escuta aberta, tanto para a voz quanto para o corpo que age e reage às interlocuções com o texto. Validar sensações, experiências e percepções individuais sem avaliar as interpretações da turma, estar preparada(o) e aberta(o) para opiniões divergentes e permitir momentos de silêncio – prescindindo da urgência de sempre preenchê-los – são algumas posturas que você pode adotar nas rodas de leitura.
Competências Específicas de Língua Portuguesa:
Práticas de linguagem / Objetos do conhecimento:
Objetos de conhecimento:
Habilidades (clique ou passe o cursor do mouse sobre os códigos das habilidades para ler suas descrições):
EF69LP44 Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção. EF69LP46 Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de obras literárias/manifestações artísticas, como rodas de leitura, clubes de leitura, eventos de contação de histórias, de leituras dramáticas, de apresentações teatrais, musicais e de filmes, cineclubes, festivais de vídeo, saraus, slams, canais de booktubers, redes sociais temáticas (de leitores, de cinéfilos, de música etc.), dentre outros, tecendo, quando possível, comentários de ordem estética e afetiva e justificando suas apreciações, escrevendo comentários e resenhas para jornais, blogs e redes sociais e utilizando formas de expressão das culturas juvenis, tais como, vlogs e podcasts culturais (literatura, cinema, teatro, música), playlists comentadas, fanfics, fanzines, e-zines, fanvídeos, fanclipes, posts em fanpages, trailer honesto, vídeo-minuto, dentre outras possibilidades de práticas de apreciação e de manifestação da cultura de fãs. EF89LP33 Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes – romances, contos contemporâneos, minicontos, fábulas contemporâneas, romances juvenis, biografias romanceadas, novelas, crônicas visuais, narrativas de ficção científica, narrativas de suspense, poemas de forma livre e fixa (como haicai), poema concreto, ciberpoema, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
Objetivo:
Atividades:
Em sala, apresente um pouco da trajetória de Octavia Butler. Trazemos aqui algumas informações interessantes:
Conhecida como a Grande Dama da ficção científica, Octavia Butler nasceu em 1947 nos Estados Unidos da América. Filha de uma empregada doméstica e de um engraxate, ela decidiu ser escritora aos 12 anos, após assistir um filme que achou muito ruim e decidir que escreveria uma história melhor. Ao longo da sua carreira, a escritora enfrentou muito preconceito por ser mulher, negra, pobre e, além disso, uma mulher, negra, pobre que escrevia ficção científica.
Mesmo com todos esses desafios, Octavia Butler continuou a produzir, não por talento ou inspiração, segundo ela, mas para praticar. Em seu ensaio de orientação para novos escritores, Furor Scribendi (1993), ela defende que o primeiro passo para a escrita é a leitura, então seu primeiro conselho é:
"Leia. Leia sobre arte, artesanato e o negócio da escrita. Leia o tipo de obra que você gostaria de escrever. Leia boa e má literatura, ficção e realidade. Leia todos os dias e aprenda com o que leu".
Octavia Butler dizia não acreditar em inspiração e talento, mas sim na força do hábito. Assim como defendia que o aprendizado é algo contínuo. Ela se denominava essencialmente como romancista e dizia odiar escrever contos, mas mesmo assim continuava a escrever enfrentando seu desespero e frustração, tendo como resultado dessa perseverança, vez ou outra, um “conto de verdade”.
O vídeo a seguir apresenta um pouco das características literárias de Butler, além de informações sobre sua vida. Embora o áudio esteja em inglês, é possível ativar as legendas em português. Se possível, exiba-o para a turma.
Why should you read sci-fi superstar Octavia E. Butler? (tradução livre: Por que você deve ler a dama da ficção científica Octavia E. Butler?)
Roteiro: Ayana Jamieson e Moya Bailey | Direção: Tomás Pichardo-Espaillat (4 min 14 seg)
Objetivo:
Atividades:
1. Divida a sala em grupos. Entregue para cada grupo uma cópia do trecho inicial do conto "Sons da fala" (sugestão: da página 1 até a 4), para que, em um primeiro momento, seja feita uma leitura coletiva do conto. Ao final da leitura, peça que conversem entre si sobre as impressões.
Caso a turma tenha acesso a tablet/computador, disponibilize o texto integralmente para que possam seguir a leitura em casa.
Peça que cada grupo defina uma ou duas pessoas responsáveis por registrar e, em seguida, compartilhar com a turma os pontos que chamaram atenção. Como o conto escolhido é cheio de nuances, detalhes subentendidos, pode ser interessante uma primeira leitura livre, observando com atenção quais são os pontos destacados pelos grupos.
O conto "Sons da fala" foi publicado originalmente no livro "Filhos de sangue e outras histórias". Imagem retirada do site da editora Morro Branco.
2. Instigue o grupo a partir de algumas questões sobre a situação inicial da narrativa:
É importante que, ao final desta aula, o grupo compreenda de que maneira as informações apresentadas constroem a situação inicial do conto.
3. Levante hipóteses entre os grupos sobre o que imaginam ser os próximos acontecimentos da narrativa.
Objetivos:
Atividades:
1. Comece a aula retomando oralmente a leitura da aula anterior: do que se lembram?
Talvez alguém já tenha compreendido e compartilhado a hipótese de que as personagens do conto não podem falar. Se tiverem, pergunte que relação a ausência de fala pode ter com o comportamento violento de parte das personagens ou com a situação de destruição que acometeu a cidade.
Caso ninguém tenha falado sobre isso, questione sobre que fator pode ter levado as personagens a se comportarem de maneira tão agressiva no ônibus, local onde se desenrola a situação inicial do conto.
2. Apresente para a turma o conceito de distopia. Reflita sobre o mundo distópico apresentado pela autora e sobre quais elementos nos transmitem a sensação de destruição, animalização, autoritarismo e opressão que compõem este universo.
A ideia de um vírus que assola a população, leva à destruição das cidades e, aos poucos, à perda da humanidade, ao mesmo tempo que parece ser muito distante, possui fortes conexões com o que vivemos em 2020. Busque traçar associações que permitam a compreensão de sua turma, reforçando a noção de verossimilhança presente na narrativa.
Busque também dialogar sobre o cenário de violência apresentado e de que maneira ele se aproxima do nosso cotidiano.
3. Em seguida, retome elementos já apresentados sobre a autora Octavia Butler e sua proposta literária. Conhecida como a Dama da Ficção Científica, Octavia foi uma das primeiras pessoas a propor o que hoje conhecemos como afrofuturismo. Este é um conceito importante na contemporaneidade e bastante presente na cultura pop – um exemplo são os filmes do herói Pantera Negra.
A partir daí, reintroduza a narrativa e siga a leitura. A leitura em voz alta pode ser um bom caminho de aproximação da turma com a literatura de Octavia. Embora o conto não seja tão curto, vale a pena separar duas aulas para realizar a leitura integral da obra em sala de aula, aproveitando para ressaltar aspectos importantes durante a leitura.
Leitura protocolada
A ‘leitura protocolada’ é uma estratégia interessante: a partir de perguntas feitas durante a leitura, suscitamos a inferência e estimulamos a turma a acionar seus repertórios prévios, articulando com as informações extraídas do texto.
Essa estratégia contempla a habilidade EF69LP44 da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que consiste em “inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção.”
Assim, as alunas e os alunos aprendem, aos poucos, a ler as diferentes camadas do texto, expandido a compreensão de seus sentidos.
Leia mais sobre a leitura protocolada no artigo Ensinar leitura lendo, de Magda Soares, publicado na edição nº 22 da Revista na Ponta do Lápis.
4. A leitura recomeça a partir da página 5 e pode seguir até a página 21. Faça pausas para estimular a atenção e a compreensão:
5. Levante hipóteses sobre como imaginam que o conto terminará, ou seja, sobre como será seu desfecho.
Objetivos:
Atividades:
1. Retome a leitura da aula anterior, levantando os principais pontos abordados até então. Hoje, o objetivo é concluir a leitura do conto “Sons da fala”. Leia, seguindo a estratégia da leitura protocolada, as páginas 22 a 28.
2. Peça que, durante a sua leitura, mantenham em mãos o caderno e a caneta, a fim de registrarem pontos que chamem a atenção.
Lembre-se de fazer pausas para instigar a leitura a partir de questões:
Objetivos:
Atividades:
1. Durante a leitura, muitos aspectos já devem ter sido debatidos, então vale adaptar as questões deste encontro, considerando que o objetivo é aprofundar as reflexões sobre a falta de comunicação e a violência, aproximando do contexto escolar.
Se for viável, você pode realizar esta conversa fora da sala de aula. Escolha um ambiente agradável e acolhedor. Pode ser a sala de leitura, o pátio ou a quadra. O principal é que a turma se sinta envolvida.
Retome coletivamente a narrativa. Busque relembrar aspectos centrais do conto, como personagens, principais acontecimentos, desfecho…
2. Em seguida, instigue o grupo a partir de algumas questões sobre a narrativa:
Este não é um debate simples e pode tocar em pontos sensíveis para a turma. A violência pode atravessar a vida de cada estudante de maneiras muito diferentes, então é importante que o debate seja realizado de maneira acolhedora. O objetivo não é aprofundar em questões individuais, mas sabemos que muitas vezes isso foge do nosso controle, então busque manter a calma e, previamente, já conversar com a equipe gestora sobre o trabalho que será feito. Assim, caso seja necessário, outras pessoas da escola podem apoiar no acolhimento.
A violência pode ser encarada como antônimo do sonho. Quando estudantes sofrem qualquer tipo de opressão, suas aspirações, expectativas, esperanças também são violentadas. Por outro lado, é também o sonho que é capaz de romper com a lógica violenta.
3. Para finalizar, se possível, exiba o vídeo-clipe “Sonho”, de Renan Inquérito e dialogue sobre com a turma.
Direção: Levi Riera Vatavuk | Direção de Fotografia: Leo Kawabe | Produção Musical: Pop Black (5 min, Brasil)
Aqui estão algumas questões que podem ser abordadas em relação a essa música:
Para a escola
Este conto pode promover debates entre diferentes grupos, inclusive, pode ser utilizado nos momentos de formação docente. Além disso, vale compartilhar com a gestão escolar esta cartilha produzida pelo MEC, que apresenta estratégias de promoção de segurança na escola:
Referências
BRASIL. Ministério da Educação. Cartilha: Escola segura: Como lidar com conteúdos de violência online e conversar com crianças e jovens sobre o tema. Disponível em: https://www.gov.br/mec/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/cartilha_escola_segura.pdf. Acesso em: 21/05/2024.
BUTLER, Octavia Estelle. Kindred: Laços de Sangue. Tradução: Carolina Caires Coelho. São Paulo: Editora Morro Branco, 2019.
_____________________. Sons da fala. In: Filhos de sangue e outras histórias. São Paulo: Editora Morro Branco, 2019. Disponível em: https://viewer.joomag.com/projeto-c%C3%A1psula-sons-da-fala-octavia-e-butler/0561402001568660208/p2?short&. Acesso em: 21/05/2024.
REY, Beatriz R. Vence: Entenda o que foram as Leis Jim Crow nos Estados Unidos, Politize, 2023. Disponível em: https://www.politize.com.br/leis-jim-crow/. Acesso em: 21/05/2024.
75 anos de Octavia E. Butler, a "grande dama da ficção científica", Universidade Federal de Minas Gerais, 2022. Disponível em: https://ufmg.br/comunicacao/noticias/75-anos-de-octavia-e-butler-a-grande-dama-da-ficcao-cientifica. Acesso em: 21/05/2024.
Eduarda Rodrigues é graduada em História pela Universidade Nove de Julho e Educadora Social pelo Senac. Escritora com textos publicados nas coletâneas “Narrativas Periféricas: entre pontes e saberes plurais” (2020), “Carolinas: a nova geração de escritoras negras brasileiras” (2021), “Comunidades e famílias multiespécies: aportes à saúde única em periferias” (2022) e “Micro-uai!” (2023). Em 2023, lançou seu primeiro livro de contos, intitulado “Pedras de Malacacheta”, através da Editora Mondru. Atualmente, Eduarda é graduanda do curso de Letras Português/Francês na Universidade de São Paulo.
Lara Rocha é mestre em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa, na área de Literatura Afrobrasileira e Educação Antirracista, e gestora da área de Educação do CEERT. Foi professora de Língua Portuguesa e Coordenadora Pedagógica da Rede Municipal de São Paulo. Além disso, foi por 10 anos coordenadora pedagógica e educadora no Cursinho Popular Florestan Fernandes. Participou da concepção e execução do Projeto Travessia - Remição de pena através da leitura na Penitenciária Feminina da Capital. Atua também como consultora sobre Educação e Diversidade em instituições privadas e do terceiro setor.
Uma festa para os livros e para a leitura
formação leitora, livros, literatura, feiras literárias
Letramentos e as práticas de linguagem contemporâneas na escola
BNCC, multissemiose, letramentos, ensino e aprendizagem de língua portuguesa, multimodalidade, práticas de linguagem contemporâneas