Público-alvo
Estudantes do Ensino Fundamental
Anos Finais: 8º e 9º anos. Pode ser adaptada para 6º e 7º anos
Esta sequência didática, concebida a partir da interlocução entre a leitura literária e a Educação para as Relações Étnico-raciais, propõe um trabalho com a obra Leite do Peito, de Geni Guimarães, a partir de aulas expositivas dialogadas, mediações de leitura, uso de recursos audiovisuais e rodas de conversa, e tem como principal instrumento pedagógico a elaboração de um diário de leitura.
Embora a proposta aqui aborde especificamente essa obra, é possível adaptá-la para outras produções literárias afro-brasileiras, ou até mesmo incorporar as referências bibliográficas ou oficinas para outras disciplinas. Por exemplo, é possível realizar apenas a oficina de bonecas Abayomis, sem necessidade de vinculá-la à leitura de uma obra.
Também é possível adaptar os encontros, escolher os que julgar mais interessantes ou viáveis, incluir (ou excluir) temas, textos. Cabe a cada docente refletir sobre as necessidades, disponibilidades e objetivos do grupo, então sintam-se livres para adequar as ideias da maneira que desejarem.
Leitura de autoras(es) negras(os) na escola
Leia o artigo Por que trabalhar literatura afro-brasileira na escola?, de Lara Rocha, e reflita sobre a importância de incluir a leitura de autoras(es) negras(os) no planejamento docente para o ensino de língua portuguesa.
Autora e obra
Geni Guimarães nasceu em 1947, em São Manuel, pequeno município do interior paulista. Ainda na infância, vai viver em Barra Bonita, município vizinho. A autora, que afirma ter herdado da mãe sua veia poética, passa a publicar textos nos jornais da cidade ainda no colégio. Seu primeiro lançamento foi o livro de poemas Terceiro Filho, em 1979. É nos anos 80 que se aproxima do Quilombhoje, grupo que edita os Cadernos Negros1, publicando contos e poemas. Em 1988, publica Leite do Peito, sua obra mais conhecida, adaptada no ano seguinte, 1989, para o que veio a ser o livro A cor da ternura, vencedor dos prêmios Jabuti e Adolfo Aisen. Geni também atuou muitos anos como professora.
Em 2019, a autora foi uma das convidadas da 6ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa e compartilhou suas lembranças e experiências. Confira abaixo:
Em 2020, a escritora foi homenageada pela Balada Literária. Para conhecer mais sobre a sua história, vale assistir o documentário “Geni Guimarães”, lançado durante o evento:
Aqui trabalharemos, então, com a obra Leite do Peito, que reúne contos autobiográficos e vão da infância à vida adulta, trazendo em cada palavra força e sensibilidade. Ao longo de toda a obra, questões de raça e classe são colocadas a partir do ponto de vista da narradora, nos levando refletir sobre o impacto do racismo, desde a infância, na formação de identidade de sujeitos negros.
Já no início, é possível perceber a profunda relação com a mãe, que trançava os cabelos da menina enquanto ela mamava e, quando questionada sobre o amor que tinha por Geni, estendia os braços. “Era o tanto certo do amor que precisava, porque eu nunca podia imaginar um amor além da extensão dos seus braços”, conta-nos a narradora.
Os contos que seguem carregam o mesmo olhar espirituoso e terno, ainda que experienciando episódios tão dolorosos, a exemplo das vivências escolares.
Em certa passagem, acompanhamos o 13 de maio e o encaminhamento dado pela professora à data. Geni, a partir das histórias contadas por Vó Rosária, uma amiga da família, havia escrito um poema para Princesa Isabel e mostrado para a professora, que lhe prometera que seria lido diante de todos na festinha em homenagem à princesa. Chegado o grande dia, a professora fala sobre o período da da escravidão e da abolição a partir de uma perspectiva salvacionista, em que a Princesa Isabel seria a única responsável e a população negra ignorante e pouco envolvida com o processo. Diferente das histórias que ouvira em casa, sua ancestralidade já não inspirava orgulho: “Quando dei por mim, a classe inteira me olhava com pena ou sarcasmo. Eu era a única pessoa dali representando uma raça digna de compaixão, desprezo. Quis sumir, evaporar, não pude”.
Enfim, contrariando as estatísticas e vencendo preconceitos, Geni Guimarães torna-se professora. Uma “professora preta”, que, no primeiro dia de aula, tem que enfrentar o olhar preconceituoso de uma aluna, que não estava acostumada a ver mulheres negras naquela posição e, consequentemente, não se sente à vontade para estar na sala de Geni. Entretanto, com muita destreza, a narradora contorna a situação e aproxima a estudante, rompendo mais uma vez com as barreiras do racismo.
O diário de leitura
O diário de leitura é um instrumento pedagógico que contribui para a formação de leitores reflexivos e autônomos, por ser uma forma de construir as ideias e a si mesmo a partir de registros autorais.
As anotações contemplam diversos aspectos: dúvidas, dificuldades, tentativas de compreensão dos fatos, relações intertextuais e reflexões acerca do processo de leitura, incluindo, inclusive, a voz do narrador. O registro deve se dar como uma espécie de diálogo, em que a(o) estudante pergunte, responda e escute, tendo o texto como interlocutor, e é justamente as infinitas possibilidades de sistematizar as percepções que faz do diário de leitura uma ferramenta tão interessante.
Por se tratar de um diário e de um processo autônomo de elaboração, é fundamental explicitar que não existe uma resposta única esperada. As orientações devem visar o aprofundamento e qualidade da abordagem, referências e indagações, não o certo ou errado. Ah, não esqueça: é fundamental que a data dos registros conste no diário!
Vale ressaltar que o diário de leitura não é um diário íntimo, mas um espaço para considerações acerca da obra. Assim, a ideia não é que esse espaço seja destinado a desabafos pessoais, mas a reflexões que, ainda que extrapolem o texto, sejam pertinentes à leitura da obra.
O trabalho pedagógico com o diário de leitura não necessariamente envolve a leitura dos registros pela(o) docente, podem ser anotações que só a(o) estudante terá acesso. Ou, pode funcionar até como instrumento de avaliação, fazendo-se necessário o compartilhamento dos escritos. Tudo vai depender do objetivo e do combinado feito com a turma. Não esqueçam de salientar, caso optem por ler os diários das(os) estudantes, como se dará o processo. Também não é necessário que a produção do diário fique restrita à sala de aula. É importante que haja momentos para o registro na escola, mas é possível estender essa atividade para casa, além de poder ser utilizado também como ferramenta para aprendizagem de outros conteúdos e disciplinas2.
Para que as(os) estudantes se interessem, pode ser atrativa a decoração do diário com desenhos, ilustrações ou recortes. Lembrem-se que a ideia é incentivar a conexão entre estudantes e o diário, então quanto mais se identificarem, inclusive esteticamente, melhor!
Para saber mais
Foi publicada na Gazeta do Povo uma proposta de uso dos diários de leitura para melhor aprofundamento e compreensão das obras de vestibular; vale dar uma olhada: Elaboração de um diário de leituras
Competências Específicas de Língua Portuguesa:
Práticas de linguagem / Objetos do conhecimento:
Objetos de conhecimento:
Habilidades (clique ou passe o cursor do mouse sobre os códigos das habilidades para ler suas descrições):
EF69LP44 Inferir a presença de valores sociais, culturais e humanos e de diferentes visões de mundo, em textos literários, reconhecendo nesses textos formas de estabelecer múltiplos olhares sobre as identidades, sociedades e culturas e considerando a autoria e o contexto social e histórico de sua produção. EF69LP46 Participar de práticas de compartilhamento de leitura/recepção de obras literárias/manifestações artísticas, como rodas de leitura, clubes de leitura, eventos de contação de histórias, de leituras dramáticas, de apresentações teatrais, musicais e de filmes, cineclubes, festivais de vídeo, saraus, slams, canais de booktubers, redes sociais temáticas (de leitores, de cinéfilos, de música etc.), dentre outros, tecendo, quando possível, comentários de ordem estética e afetiva e justificando suas apreciações, escrevendo comentários e resenhas para jornais, blogs e redes sociais e utilizando formas de expressão das culturas juvenis, tais como, vlogs e podcasts culturais (literatura, cinema, teatro, música), playlists comentadas, fanfics, fanzines, e-zines, fanvídeos, fanclipes, posts em fanpages, trailer honesto, vídeo-minuto, dentre outras possibilidades de práticas de apreciação e de manifestação da cultura de fãs. EF69LP47 Analisar, em textos narrativos ficcionais, as diferentes formas de composição próprias de cada gênero, os recursos coesivos que constroem a passagem do tempo e articulam suas partes, a escolha lexical típica de cada gênero para a caracterização dos cenários e dos personagens e os efeitos de sentido decorrentes dos tempos verbais, dos tipos de discurso, dos verbos de enunciação e das variedades linguísticas (no discurso direto, se houver) empregados, identificando o enredo e o foco narrativo e percebendo como se estrutura a narrativa nos diferentes gêneros e os efeitos de sentido decorrentes do foco narrativo típico de cada gênero, da caracterização dos espaços físico e psicológico e dos tempos cronológico e psicológico, das diferentes vozes no texto (do narrador, de personagens em discurso direto e indireto), do uso de pontuação expressiva, palavras e expressões conotativas e processos figurativos e do uso de recursos linguístico-gramaticais próprios a cada gênero narrativo. EF69LP49 Mostrar-se interessado e envolvido pela leitura de livros de literatura e por outras produções culturais do campo e receptivo a textos que rompam com seu universo de expectativas, que representem um desafio em relação às suas possibilidades atuais e suas experiências anteriores de leitura, apoiando-se nas marcas linguísticas, em seu conhecimento sobre os gêneros e a temática e nas orientações dadas pelo professor. EF89LP33 Ler, de forma autônoma, e compreender – selecionando procedimentos e estratégias de leitura adequados a diferentes objetivos e levando em conta características dos gêneros e suportes – romances, contos contemporâneos, minicontos, fábulas contemporâneas, romances juvenis, biografias romanceadas, novelas, crônicas visuais, narrativas de ficção científica, narrativas de suspense, poemas de forma livre e fixa (como haicai), poema concreto, ciberpoema, dentre outros, expressando avaliação sobre o texto lido e estabelecendo preferências por gêneros, temas, autores.
Objetos de conhecimento:
Habilidade (clique ou passe o cursor do mouse sobre o código da habilidade para ler sua descrição):
EF69LP51 Engajar-se ativamente nos processos de planejamento, textualização, revisão/edição e reescrita, tendo em vista as restrições temáticas, composicionais e estilísticas dos textos pretendidos e as configurações da situação de produção – o leitor pretendido, o suporte, o contexto de circulação do texto, as finalidades etc. – e considerando a imaginação, a estesia e a verossimilhança próprias ao texto literário.
Objetivos:
Pressupostos:
Atividades:
1. Apresentar o gênero “Diário de leitura” e como se dará sua elaboração ao longo dos encontros. Aqui, é importante levantar conhecimentos prévios da turma acerca do gênero, elencar diários conhecidos para então definir características do diário de leitura. Retomar aí os aspectos já apresentados acima, como a diferenciação do diário de leitura e do diário pessoal e os assuntos que devem ser registrados.
2. Propor a confecção da capa do diário de leitura a partir de recortes de revista ou ilustrações realizadas pelas(os) estudantes. O objetivo é que a(o) estudante se identifique e se interesse pelo trabalho.
Objetivos:
Pressupostos:
Atividades:
1. No primeiro momento, a ideia é apresentar para as(os) estudantes a autora Geni Guimarães. É possível aqui trazer alguns dados biográficos e imagens.
2. Exibir o vídeo em que a autora conversa com o jornal Brasil de Fato.
3. Conversar com as(os) estudantes acerca das impressões que tiveram ao conhecer um pouco sobre a autora: O que lhes chamou atenção? O que acharam do relato dela? Sobre o que será que ela escreve?
4. Já com o diário de leitura em mãos, apresentar a obra e levantar hipóteses a partir do título. Se possível, deixar que folheiem o livro, e pedir que observem os textos verbais e não-verbais presentes na capa, orelha, contracapa, índice.
5. Pedir que as(os) estudantes registrem no diário de leitura todas as impressões que conseguiram levantar acerca da obra: que tipo de texto espera encontrar? Sobre o que você acha que o texto trata? Que informações é possível extrair a partir da capa?
Objetivos:
Pressupostos:
Atividades:
1. Elencar oralmente, junto com as(os) estudantes, as primeiras lembranças que possuem da vida.
2. Iniciar a leitura do capítulo. Ao longo da leitura, levantar questionamentos acerca do capítulo. Seguem aqui algumas sugestões:
3. Após a conclusão da leitura, levantar as percepções sobre o que foi lido. Vale também elencar algumas características da narrativa, como tempo, espaço e foco narrativo.
4. Pedir que as(os) estudantes registrem as impressões em seus diários de leitura. Pode ser interessante sugerir que, ao longo da leitura, já estejam com os diários em mãos e façam anotações de trechos ou comentários que acharem pertinentes.
Objetivos:
Pressupostos:
Atividades:
1. Para iniciar a aula, sugerimos exibir um vídeo extraído do programa Encontro com Fátima Bernardes, em que algumas pessoas relatam suas principais lembranças do natal. A ideia é que o vídeo desperte o olhar das(os) estudantes para as diferentes relações com a data e instigar que comentem sobre suas memórias também.
2. Iniciar a leitura do capítulo. Ao longo da leitura, levantar questionamentos acerca do capítulo. Seguem aqui algumas sugestões:
Pedir que as(os) estudantes registrem as impressões em seus diários de leitura. Pode ser interessante sugerir que, ao longo da leitura, já estejam com os diários em mãos e façam anotações de trechos ou comentários que acharem pertinentes.
Objetivos:
Pressupostos:
Atividades:
1. Pedir que as(os) estudantes registrem no diário de leitura as lembranças marcantes da escola, enfatizando as sensações, ou seja, como costumam se sentir no espaço escolar, com colegas, professoras(es) e funcionárias(os).
2. Iniciar a leitura do capítulo. Ao longo da leitura, levantar questionamentos acerca do capítulo. Seguem aqui algumas sugestões:
3. Relacionando os tópicos já levantados sobre os hábitos de higiene exigidos de Geni - mas não de Janete - contextualizar e apresentar a thread e/ou a experiência de Pedro Fequiere. Conversar com as(os) estudantes sobre suas experiências. Sugestões:
Pedir que as(os) estudantes registrem as impressões em seus diários de leitura. Pode ser interessante sugerir que, ao longo da leitura, já estejam com os diários em mão e façam anotações de trechos ou comentários que acharem pertinentes.
Objetivos:
Pressupostos:
Atividades:
1. Pedir que estudantes registrem uma personagem histórica presente em sua memória. Pedir que busquem lembrar das pessoas que costumam aparecer nos livros de história ou literatura, em séries e telenovelas. Orientar que não há a necessidade de ser um retrato fidedigno, preciso, é possível que construam da maneira que lhes vier à mente.
2. Uma vez finalizada a ilustração, pedir que comentem quem desenharam e porque aquele personagem foi marcante. Buscar analisar e debater, ao final, a recorrência - ou não - de características comuns entre os desenhos, como nacionalidade, tipo físico e gênero.
3. Exibir o vídeo O perigo de uma história única, da escritora Chimamanda Ngozi Adichie e conversar com a turma sobre as impressões. Que histórias únicas estamos reproduzindo e como podemos romper com essa lógica?
Objetivos:
Pressupostos:
Atividades:
1. Iniciar a leitura do capítulo. Ao longo da leitura, levantar questionamentos acerca do capítulo. Seguem aqui algumas sugestões:
2. Apresentar para as(os) estudantes a canção Dona Isabel, do Mestre Toni Vargas, e conversar sobre os temas levantados na música. Sugestões:
3. Pedir que as(os) estudantes registrem as impressões em seus diários de leitura. Pode ser interessante sugerir que, ao longo da leitura, já estejam com os diários em mão e façam anotações de trechos ou comentários que acharem pertinentes.
Objetivos:
Pressupostos:
Atividades:
1. Antes de começar a oficina, é interessante apresentar para a turma a origem do nome Abayomi e explicar que existem diferentes versões para seu significado e história.
2. Comentar com as(os) estudantes que a simplicidade dos processos não é coincidência: uma vez que a confecção ocorria nos porões dos navio negreiros, era impossível que dispusessem de muitos materiais, daí a possibilidade de fazer a boneca apenas com os tecidos e amarrações.
3. Estimular que, independente do gênero, participem do processo. Pode haver resistência por parte de alguns, mas essa é uma proposta pedagógica como tantas outras e o objetivo vai além da confecção.
Objetivos:
Pressupostos:
Atividades:
1. Iniciar a leitura do capítulo. Ao longo da leitura, levantar questionamentos acerca do capítulo. Seguem aqui algumas sugestões:
Pedir que as(os) estudantes registrem as impressões em seus diários de leitura. Pode ser interessante sugerir que, ao longo da leitura, já estejam com os diários em mão e façam anotações de trechos ou comentários que acharem pertinentes.
Objetivos:
Pressupostos:
Atividades:
1. Iniciar a leitura do capítulo. Ao longo da leitura, levantar questionamentos acerca do capítulo. Seguem aqui algumas sugestões:
2. A partir da análise de notícias, comparar as experiências vivenciadas por Geni e pelas professoras da contemporaneidade.
Pedir que as(os) estudantes registrem as impressões em seus diários de leitura. Pode ser interessante sugerir que, ao longo da leitura, já estejam com os diários em mãos e façam anotações de trechos ou comentários que acharem pertinentes.
Objetivos:
Pressupostos:
Atividades:
1. Pedir que as(os) estudantes busquem retomar oralmente os momentos da obra que lhes marcou. Se for possível, pedir que localizem a passagem no livro e anotem.
2. Orientar sobre o objetivo da colagem: a ideia é sistematizar, refletir, a partir dos recortes as sensações e reflexões construídas a partir da narrativa.
3. É interessante aproveitar esse momento mais descontraído para conversar com as(os) estudantes sobre o processo de leitura da obra, o que acharam do diário de leitura e das reflexões que surgiram ao longo dos encontros.
BRASIL/MEC. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Brasília-DF: MEC, 2004.
CARNEIRO, Sueli. Epistemicídio. Geledés. 2014. Disponível em: https://www.geledes.org.br/epistemicidio. Acesso em 08 nov. 2018.
CASTRO, Hebe M. Mattos de. Laços de família e direitos no final da escravidão. In: ALENCASTRO, Luis. Felipe. História da Vida Privada No Brasil.Vol. 2. São Paulo: Cia das Letras, 1997.
CUTI, Luiz Silva. Literatura Negro-brasileira. São Paulo: Selo Negro, 2010.
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. Tradução de Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2016
DUARTE, Eduardo de Assis; FONSECA, Maria Nazareth Soares. (Org.) Literatura e afrodescendência no Brasil: antologia crítica. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011, vol. 4, História, teoria, polêmica.
GOMES, Nilma Lino. O Movimento Negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópolis: Vozes, 2017.
Lara Rocha é mestra em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa, na área de Literatura Afrobrasileira e Educação Antirracista pela Universidade de São Paulo (USP). É Coordenadora de Educação do CEERT. Foi professora de Língua Portuguesa e coordenadora pedagógica da rede municipal de São Paulo. Além disso, foi por 10 anos coordenadora pedagógica e educadora no Cursinho Popular Florestan Fernandes. Participou da concepção e execução do Projeto Travessia - Remição de pena através da leitura na Penitenciária Feminina da Capital. Atua também como consultora sobre Educação e Diversidade em instituições privadas e do terceiro setor. Contato: lararocha.9.2@gmail.com
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