X
Na primeira etapa desta oficina, os alunos e as alunas aprenderam vários recursos comparativos. Agora, eles e elas irão colocá-los em prática.
Poucos casarões de pau a pique ao longo da pacata rua Belo Horizonte, hoje a movimentada avenida Abílio Machado. Impossível esquecer-me da igrejinha do Rosário com sua torre norte sineira. Às quinze horas, um movimento pelas vielas. Lá se iam as senhoras atraídas pelo tocar do sino. Hora do terço, muito me admirava a fé daquelas pessoas! Mamãe com apenas um olhar recomendava-me silêncio e puxava a turma de carolas com cantos e orações.
Adrielle Vieira de Oliveira. Doces memórias. Cenpec, 2019.
Lá não existia eletricidade, como temos nos dias atuais, por isso depois de uma jantarada simples, mas muito caprichada, íamos para beira do rio acompanhados pela luz da lua e com lamparinas que usávamos quando a “mãe da noite” resolvia se esconder. (…) Durante as horas de conversa, em que o rio sentava para ouvir também, tínhamos sobre nossas cabeças um campo negro com milhões de pontinhos brilhantes que iluminavam até a nossa alma. Era impressionante como as horas voavam, mais que passarinho quando soltavam-se da gaiola.
David Lima dos Santos. Nos braços do Ipixuna. Cenpec, 2019.
Na época não havia energia elétrica, a estrada era de chão batido de carro de bois. O lugar era repleto de árvores nativas do cerrado, belos exemplares de pequizeiros, gabirobeiras… Mas a que predominava e roubava a cena era a atrevida caraíba, com suas flores incandescentes. Exceto por isso, não achei o local bonito, mas o povo era! “Afinal, é o povo quem faz a cidade, não é?”
Amanda Xavier. Filho da ferrovia. Cenpec, 2019.
Professora, professor caso não seja possível fazer descrições do mesmo lugar trabalhado na oficina anterior, pesquise imagens antigas de lugares conhecidos dos alunos e das alunas e proceda como o descrito anteriormente.