Uma festa para os livros e para a leitura
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Após várias semanas de prosa sobre a BNCC, vamos retomar nossa rotina semanal, marcada pela apresentação de uma pergunta enviada por vocês, queridos leitores, e acompanhada por minhas considerações e dicas.
A mensagem da semana vem lá da Bahia e revela a inquietação da professora Marisa, no trabalho com seus estudantes do 5o ano - EFI:
Olá, Olímpia!
Trabalho com alunos do 5o ano e preciso de sua ajuda para melhorar as propostas de produção. Eles estão terminando o EFI e escrevem textos sem criatividade, sem vontade, todos iguais e parece que só fazem por obrigação! Até conversei com a professora do 4o ano, mas nada muda… O que fazer?
Um bj e obrigada
Professora Marisa, percebo que você está realmente envolvida com a questão da qualidade da produção de textos de seus alunos e a parabenizo pela iniciativa de buscar referências da turma, no contato com a professora do ano anterior. Bem, mas ainda assim, você permanece sem entender exatamente por que seus alunos não demonstram interesse pela produção e, em consequência disso, escrevem textos “sem criatividade, iguais; por obrigação”, não é mesmo?
Vamos tentar iluminar alguns pontos, a fim de que você chegue à resposta! Para começar, é importante considerar que a criatividade e o interesse em escrever estão diretamente ligados à questão do repertório de conhecimento e da autoria. Em outras palavras, ao exercício de se ter o que dizer, para quem, para quê e como dizer, de modo a utilizar os recursos da língua para expressar maneiras de ver o mundo, estar no mundo e interagir com ele.
Esses elementos, como bem sabemos, não se apresentam “da noite para o dia”; são fruto de um processo de constituição de dizeres, em torno de diversas e diversificadas práticas de letramento, envolvendo variados gêneros discursivos.
Essa prosa me faz lembrar da antiga discussão entre redação e produção textual! Você, certamente, já ouviu os argumentos favoráveis à produção, especialmente os ligados à necessidade de se considerar e trabalhar com a situação comunicativa de cada texto, contando com a participação ativa dos alunos, para a busca por escritas mais significativas, não é mesmo?
Estou querendo sinalizar para a necessidade – ou urgência – de trabalharmos com propostas de produção em função de uma aposta, um investimento reflexivo sobre as etapas que antecedem o “pegar o papel e escrever”. Como professores, precisamos nos perguntar de que maneira os alunos têm vivenciado as práticas de produção de textos na escola e, especialmente, o que precisamos considerar, com vistas ao (re)planejamento das situações de ensino?
Para facilitar, segue uma “lista de ingredientes” do trabalho com a produção textual. Clique em cada um deles e leia meus comentários:
Agora, algumas dicas “para saber mais”:
- Análise linguística e produção de textos: reflexão em busca de autoria, de Márcia Mendonça;
- O contexto de produção dos textos, de Kátia Bräkling;
Ensinar a produzir textos: a revisão processual, Programa Ler e Escrever
Pronto! Não deixe de passar por aqui e deixar sua mensagem, contando sobre seu processo reflexivo, em função dessa prosa, combinado? Isso vale para todos os leitores, ok? rs
Bj carinhoso, obrigada e até já,
Olímpia
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Letramentos e as práticas de linguagem contemporâneas na escola
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