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Tempo de reinvenção

Tempo de reinvenção

ilustração - Criss de Paulo

15 de agosto de 2023

Palavra como antídoto escrevendo um mundo novo

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Há quem chame de “novo normal” esse já longo período de adaptações e reinvenções que estamos atravessando em diversas áreas da vida. Talvez o “novo” tenha envelhecido pouco depois do que se esperava ser uma quarentena em 2020 e o “normal” seja um tanto impreciso para designar um contexto que se espera de exceção. De qualquer forma, na esfera da Educação, se os desafios já eram grandes, a pandemia os trouxe ainda mais à tona. Assistimos às transformações tecnológicas, às inovações pedagógicas, à falta de acesso a equipamentos e à internet, à desigualdade social e a tantos outros aspectos impactarem concretamente a vida de estudantes, professores e professoras.

A 7ª- edição da Olimpíada de Língua Portuguesa reconhece o papel de educadores e educadoras no empenho da invenção e re(invenção) do ensino remoto, híbrido e presencial. Por isso, o foco da premiação para 2021 estará nos Relatos de prática, textos escritos por professores e professoras, trazendo a trajetória de seus estudantes, acompanhados de fotografias, vídeos, áudios e produções. Esse amplo material, quando selecionado, é um reconhecimento para a turma toda e reforça a ideia de que a qualidade dos textos dos alunos é resultado de um trabalho pedagógico.

A Olimpíada emprestou a sabedoria de Conceição Evaristo, escritora homenageada de 2019, para continuar esperançando, e homenageia, nesta edição, a poeta, professora e ativista Geni Guimarães, autora que recebeu o Prêmio Jabuti por seu livro A cor da ternura.

Nesta edição

Para apresentar a nossa homenageada, Geni Guimarães, trazemos, na Página literária, o conto “Força Flutuante”, que integra um de seus títulos mais conhecidos – Leite do peito: contos. O texto desenrola-se em torno do primeiro dia de aula de uma professora.

Em Óculos de leitura, a pesquisadora Lara Santos Rocha, no texto “‘Dentro do meu dentro’ – A experiência literária de Geni Guimarães”, faz uma análise do livro Leite do peito: contos, revelando o forte caráter autobiográfico na escrita de Geni Guimarães, que nos toca com suas memórias e sensibilidade.

Na arquitetura que esboço,
nada é curto, breve ou efêmero.
O infinito será a meta,
Para satisfazer as aspirações dos homens.
Geni Guimarães, trecho do poema “Arquiteta”, in: Poemas do regresso. Rio de Janeiro: Malê, 2020, p. 101.

Mantendo o foco da produção de autores negros, e na intenção de cada vez mais integrar sua produção à literatura brasileira, está a entrevista com Cuti, pseudônimo de Luiz Silva, doutor em literatura brasileira e um dos criadores da consagrada série Cadernos Negros – da qual Geni Guimarães foi colaboradora. Aqui, Cuti nos fala sobre a visibilidade e o conceito de literatura negro-brasileira, sobre a importância da literatura na formação da subjetividade negra, sobre o ensino de literatura nas escolas, além de nos oferecer alguns trechos de sua poesia contundente, que sempre escancara o racismo.

Ainda sobre o enfrentamento de questões complexas, no Especial, a professora doutora Ana Lorena Bruel nos apresenta o estudo “Desigualdades educacionais sob a perspectiva de aquisição da língua portuguesa: o que dizem os dados das avaliações externas?”. Nesses tempos de pandemia, em que a desigualdade se intensifica ainda mais no país, Ana Lorena nos convida a refletir sobre o entrecruzamento das desigualdades educacionais com as sociais, raciais e de acesso a bens e serviços.

Em resposta a essas adversidades, na seção De olho na prática, a professora do Ensino Médio Carla Barbosa Moreira relata sua experiência em “Arquivo de produção e revisão: um processo de reponsabilização", com a criação do Guia de Revisão, que pode ser trabalhado tanto no ensino a distância como no presencial.

Outra iniciativa está em Tirando de letra, com o Relato de prática “Beleza, professora!”, de Flaviana Fagotti Bonifácio, em que ela narra como driblou, com a ajuda de um grupo de WhatsApp, o desafio do ensino remoto para trabalhar o texto argumentativo com estudantes prestes a fazer o Enem.

Por falar em Relato de prática, é importante que os educadores fiquem atentos à data de postagem dos mesmos, bem como às orientações e aos tutoriais publicados no Portal sobre a realização da Comissão Julgadora Escolar.

Assim como os professores e as professoras, nós, da Olimpíada, fomos impelidos a refletir sobre como seguir de forma diferente, buscando o que sempre acreditamos em qualquer contexto: melhorar o ensino e a aprendizagem da leitura e da escrita nas escolas públicas do nosso país. Vamos juntos e juntas!

Boa leitura!

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