Uma festa para os livros e para a leitura
livros, feiras literárias, literatura, formação leitora
A crônica é um gênero textual que se caracteriza por suas imprecisões. Um tanto jornalístico e significativamente literário, se consolidou como o registro, às vezes poético, às vezes humorístico, do cotidiano. Não é conto, embora seja construído em prosas curtas, não é poesia, mas toca nossa subjetividade, e também não é reportagem, ainda que publicada em jornais ou blogs de notícias. É um modo particular de narrativa, que aproxima a(o) autora(or) de leitoras e leitores, em um diálogo sobre a história maior que há por detrás das miudezas da vida.
A capacidade de dialogar com temas contemporâneos, em uma linguagem simples e espontânea, faz desse gênero uma ótima escolha para tratar de questões da vida social, política e cultural nas aulas de língua portuguesa. Pensando nisso, reunimos alguns conteúdos sobre crônica para apoiar o trabalho de professoras e professores com suas turmas.
A 10ª edição da revista Na Ponta do Lápis publicou dois artigos sobre esse gênero. Em “Esses cronistas maravilhosos e suas palavras voadoras”, o professor de literatura Jorge Miguel Marinho, em tom bastante cronístico, conta por que a crônica se ambientou tanto às formas de expressão da literatura brasileira e situa a sua chegada e desenvolvimento no país. Já o texto "O gênero textual crônica", de Heloísa Amaral, faz um panorama geral sobre a origem da crônica e suas características mais marcantes.
O Caderno Docente "A ocasião faz o escritor" traz 11 oficinas, com atividades alinhadas à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), para trabalhar a leitura e escrita de crônicas em sala de aula, com estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental. Deixamos como destaque a oficina número 8, Olhos atentos no dia a dia, que busca apurar o olhar para o lugar onde se vive e orientar as escolhas de foco narrativo para a produção final de uma crônica, e a oficina 9, Cronicar em parceria: inspiração e transformação, que propõe a escrita coletiva de um texto desse gênero.
Já o artigo de orientação para a prática Ler, escrever e compartilhar crônicas para construir-se como autor, de Margarete Schlatter, apresenta algumas ideias para a leitura e produção de crônicas. A proposta parte de atividades elaboradas para o texto “Os descuidados 90”, de Carol Bensimon, mas pode ser adaptada para outras crônicas.
Assista também ao vídeo Crônica – O requinte da simplicidade, no qual a escritora e “cronista de ofício” Cidinha da Silva conta sobre seu processo de escrita, seus temas motivadores e dá dicas para quem está começando a se aventurar pelo gênero.
Por fim, conheça a crônica “Conduções”, de Lilia Guerra. Com um olhar crítico, a autora narra o cotidiano de uma periferia da capital paulista, descrevendo uma paisagem humana às vezes decadente, mas particularmente pulsante.
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