“Nunca me sonharam”, documentário que descortina a realidade do Ensino Médio nas escolas públicas brasileiras, chega ao cinema apresentando relatos, sonhos e expectativas que questionam o valor da educação na etapa mais transformadora dos estudantes: a adolescência. O filme provoca o expectador a ouvir a principal voz que pulsa nesse contexto: a juventude.
Do mesmo diretor de Tarja Branca, Cacau Rhoden, e dos mesmos produtores de O Começo da Vida, o documentário traz também depoimentos de professores, diretores de escolas e especialistas de diferentes regiões do país, contribuindo para a reflexão do papel da educação na garantia de direitos e na redução das desigualdades sociais no Brasil.
A produção vai além de opiniões e histórias, nos possibilitando entrar em contato com os principais desafios da educação pública, especialmente na etapa do ensino médio. Estudos apontam que 1,6 milhões de jovens estão fora da escola, boa parte deles também fora do mercado de trabalho. É preciso compreender quais indicadores estão por trás dessa realidade, em tempos que estudantes não encontram sentido em freqüentar o espaço escolar.
Temas como racismo, machismo, gravidez precoce, pobreza e violência são revelados como questões que impactam a vida social dos estudantes e, consequentemente, a aprendizagem desses alunos. A fragilidade na formação docente para lidar com a juventude também é apontada como um conflito social, e nos faz questionar: qual é o custo para a sociedade brasileira quando abrimos mão do investimento na educação?
Apresentado pelo Instituto Unibanco e produzido pela Maria Farinha Filmes, o documentário terá exibições abertas ao público na programação do Festival Ciranda de Filmes, que acontece de 25 a 28 de maio, no Espaço Itaú de Cinema, em São Paulo (SP). A estreia do documentário nos cinemas será no dia 08 de junho, em São Paulo e no Rio de Janeiro. A produção também será disponibilizada gratuitamente na plataforma VIDEOCAMP, que permitirá exibições gratuitas por todo o país, ampliando o acesso ao filme.
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