Contra desinformação, WhatsApp limita encaminhamento de mensagens
Medida vale a partir desta terça-feira e tem como meta coibir a disseminação de fake news; depois que usuário encaminhar mensagem cinco vezes, ele só poderá fazê-lo em uma conversa por vez
Um dos maiores problemas do aplicativo de mensagens WhatsApp nos últimos anos é a disseminação de notícias falsas. Se em dias normais isso é algo perigoso, em épocas como a da crise do coronavírus isso se torna ainda mais danoso para a sociedade. Por conta disso, a empresa vai implementar a partir desta terça-feira, 7, uma nova política para tentar frear a desinformação dentro de sua plataforma, limitando mais uma vez o encaminhamento de mensagens.
Hoje, a empresa limita que uma mensagem seja encaminhada simultaneamente a cinco conversas ou grupos de uma vez só. A barreira foi implementada em 2019 em todo o mundo e reduziu a disseminação de notícias faltas em 25%, segundo a empresa. Ela seguirá sendo válida. O que muda agora é que, depois que esse limite for atingido, o usuário só poderá mandar a mesma mensagem a um contato ou grupo de cada vez – até a segunda-feira, 6, era permitido redistribuir a mensagem em grupos de cinco encaminhamentos.
“Acreditamos que é importante diminuir a propagação dessas mensagens para manter o WhatsApp um lugar para conversas pessoais”, disse a empresa, em comunicado publicado na madrugada desta terça-feira, 7, em seu blog oficial.
Além disso, a companhia também destacou uma funcionalidade em testes, que permitirá aos usuários saber mais sobre as mensagens que são frequentemente encaminhadas dentro da plataforma. Simbolizado por uma lupa, o recurso vai direcionar as pessoas para pesquisas na web sobre o mesmo tema, o que também pode ajudar a reduzir a disseminação de rumores.
Em comunicado distribuído à imprensa, a empresa afirmou ainda que bane cerca de 2 milhões de contas por mês pela tentativa de envio de mensagens automatizadas, em massa. O WhatsApp diz ainda estar trabalhando próximo de governos e da Organização Mundial da Saúde para conectar as pessoas com informações sobre o novo coronavírus.