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O processo de edição começa com a análise de todo o material filmado. Na fase inicial, eliminam-se as imagens que apresentam problemas técnicos, bem como aquelas que não possuem interesse para o filme. Trata-se da decupagem das sequências para elaboração do roteiro técnico.
No roteiro técnico, as sequências são dispostas na ordem em que aparecerão no documentário. Concebido em colunas, ele serve para organizar e facilitar a localização das sequências na hora da edição. agora, veja um exemplo de roteiro técnico para edição.
SEQ | Descrição | Arquivo | Time code | Tempo |
---|---|---|---|---|
01 | Queda de uma folha | 001 | 35:03-35:07 | 6’’ |
02 | Folha na água | 002 | 36:00-36:05 | 5’’ |
03 | Entrevista com a bióloga | 003 | 11:01-12:03 | 1:2’’ |
A primeira coluna destina-se ao número da sequência a ser utilizada no documentário de acordo com a ordem final do filme.
A segunda coluna contém a descrição resumida do conteúdo de cada sequência.
A terceira coluna mostra a identificação do arquivo que contém o material bruto em que se encontra a sequência em foco.
A quarta coluna informa o time code de entrada e saída, ou seja, o tempo em que começa e termina a sequência.
Pode haver ainda uma quinta coluna, como no exemplo acima, para informar o tempo de duração de cada sequência, possibilitando ao montador conhecer o tempo total do filme.
Essa estrutura pode variar. O importante é que o roteiro técnico seja escrito de maneira clara e bem organizada para facilitar a busca das sequências durante a montagem. Com esse relatório em mãos é hora de começar a edição. O tempo dedicado a essa etapa não deve ser subestimado.
Para os documentários realizados no contexto deste caderno, imagina-se que, em razão de a duração máxima do filme ser de 5 minutos, o material bruto não será tão extenso. Portanto, o problema representado pela grande quantidade de imagens a ser decupadas nos documentários de longa metragem talvez seja minimizado.